segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Só se vê bem com o coração.



Nada mais sábio que o pensamento de Antoine de Saint Exupéry. Realmente, o essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração, talvez porque ele seja o único que revela quem realmente somos, o que realmente sentimos e o único que nos permite sentir verdadeiramente o que parte do outro.

Hoje em dia temos convivido com tanta ganância, tanta displicência que fica difícil conhecer alguém de verdade. As relações têm se tornado cada vez mais superficiais e, as pessoas, cada vez mais levianas.

Todo mundo sabe da vida de todo mundo, se preocupa demais em julgar as atitudes do outro e perde demasiado tempo tentando aumentar sua rede de relacionamentos. Mas, na verdade, são poucos aqueles que se conhecem a fundo, se entendem e confiam em si.

As pessoas têm se preocupado cada vez menos em compartilhar experiências, em sonhar juntas, em dividir histórias. A grande maioria não se aproxima como deveria, contenta-se com a superficialidade das relações.

Tudo isso empobrece o homem. Vivemos numa sociedade em que o amor se tornou algo banal e as amizades não são mais tão fraternas. As almas não se comunicam mais, elas se perdem em meio à tanta futilidade.

O homem não se permite amar verdadeiramente, vive se esquivando, nunca sabe exatamente em quem confiar. Não busca enxergar com os olhos do coração e, por isso, não enxerga o essencial.

Toda vez que me lembro da história do Pequeno Príncipe me vem à cabeça somente uma imagem: o olhar de uma criança, de alma absolutamente pura e coração bom.

Não há nada mais singelo e esperançoso que o olhar de uma criança. E, por mais clichê que pareça ser, a esperança encontra-se exatamente ali, nas nossas crianças. As únicas que ainda não foram corrompidas pela ganância do homem.



" Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo."
(Antoine de Saint Exupéry)


" O que conduz o mundo é o espírito e não a inteligência. "
(Antoine de Saint Exupéry)



Gabi Roldão.

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