terça-feira, 6 de novembro de 2012




Mesmo no fundo, amando um ao outro sem admitir ou saber, nós nunca ficaríamos juntos outra vez. 
Porque poderíamos ser o que quiséssemos, menos um do outro. 


(Gabriela Machado)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012


Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Tempo ao Tempo


De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo e aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: qual é esse tempo certo? Bom, basta observar os sinais. Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa. Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

(Paulo Coelho)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Verdadeiro Macho Alfa



(...) Hoje elas tomam uísque sem gelo, mas nem por isso deixaram de se derreter quando se deparam com um filhotinho de labrador. Hoje, elas seguram firme a rédea de uma empresa multinacional, mas lindamente não conseguem segurar as lágrimas quando o mocinho, enfim, pede a mocinha em casamento no cinema. Hoje, elas não têm o menor medo de lutar com unhas e dentes por direitos iguais, mas felizmente, ainda pulam em nosso colo e nos agarram forte quando encontram uma barata, um grilo, um rato, um morcego, um besouro, uma formiga ou até uma mariposa. Não porque precisam – apenas porque querem.

Vejo muitos homens dizendo por aí que ainda preferem as mulheres submissas, dessas quase escravas. Barbados que vivem defendendo o retrocesso e a volta das mulheres de Atenas, que viviam, secavam e morriam pelos maridos. Na minha humilde opinião, tais homens só gostam dessas “Amélias”, pois só ao lado delas conseguem fingir que são machos alfa e líderes de alguma coisa, quando na verdade eles não passam de homens Beta, lotados de insegurança e frustrações. Eternos bundões que nunca conseguiram nem o cargo de chefe dos escoteiros e que passaram a vida toda sofrendo pela desobediência do próprio cachorro.

Eu não quero uma mulher que dependa de mim, não preciso disso para fingir que sou superior a alguma coisa. Eu quero mesmo é admirar a mulher que estiver ao meu lado, ou à minha frente, por que não? Quero aprender com ela também, não apenas ensinar. Quero olhar nos olhos dela, enquanto ela me conta como foi o dia e pensar: “Caralho, como é que ela é capaz de fazer tudo isso e ainda consegue me fazer tão feliz?”.


(texto de Ricardo Coiro, colunista do casalsemvergonha.com.br)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Mas não sei como, ele se encantou pelo meu pijama velho, por minhas piadas sem graça e por meus olhos borrados de rímel pela manhã. Bendita sorte a minha, essa sorte de ser o sonho do cara dos meus sonhos. Até hoje não sei o que falei para ter roubado a atenção dele. E, se um dia eu descobrir, falarei o dia inteiro. 


(adaptação do texto de Hugo Rodrigues, colunista do
 casalsemvergonha.com.br)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012


(...) Na vida, precisamos mesmo de semelhantes, de cúmplices, de íntimos. Aqueles que te permitem jogar as máscaras, que gostam de você mesmo quando se é autêntica no limite. Aqueles que te fazem entender o real significado se ser escutada, que te explicam na prática que um olhar vale mais que mil palavras e que te lembram qual o verdadeiro sentido da palavra aconchego. (...)


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tententender


" ... mas foi um amor, um único amor que veio, cruzou minha vida, tocou minha alma e ficou marcado em minha pele. Todos nós carregamos conosco uma história. Daquelas que só nos atrevemos à lembrar quando, durante a noite, no escuro, encostamos a cabeça no travesseiro e o silêncio cala fundo. Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem. Mas então, numa quinta-feira à tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente esquecido e percebemos que amor igual não há. E que aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referência afetiva mais sincera e profunda. Não é doença, nem obsessão. Aliás, não é nada. Só amor. Amor daqueles que ficam e que teremos que conviver com ele como algo concreto que parte de nossas vidas ..."


(Texto de Carolina Ferraz)


quinta-feira, 9 de agosto de 2012



É simplesmente maravilhoso sentir que desta vez estou realmente pronta para começar a fazer as coisas darem certo. 


Gabi Roldão.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

P.S. I still remember you


 For every wish upon a star that goes unanswered in the dark,
there is a dream I've dreamt about you. 
(Eddie Vedder - Without You)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Da Série: Filmes Inesquecíveis.


' Venho aqui e imagino que este é o lugar onde descansa tudo o que perdi desde a minha infância. Digo a mim mesma que se fosse verdade e esperasse o suficiente, uma pequena figura apareceria no horizonte através do campo e gradualmente iria crescendo, até que eu visse que era o Tommy. Ele acenaria e talvez me chamasse. Não deixo que a fantasia vá além disso. Não posso permitir. Lembro a mim mesma que tive sorte de ter passado ao menos um tempo com ele. O que não sei ao certo é se nossas vidas foram tão diferentes das vidas das pessoas que salvamos. Somos todos mortais. Talvez nenhum de nós realmente entenda o que passamos ou sinta que tivemos tempo o bastante. '

(do filme Não Me Abandone Jamais)

quarta-feira, 27 de junho de 2012


O imprevisto acontece e alguém te encontra. E te encanta.
 E te reencontra. E te reencanta. E te reinventa. E te recomeça.
(Gabito Nunes)

Aprendessência


Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queria muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer. Eu que gritei para tantas pessoas ficarem, hoje só quero mesmo é que elas sumam de uma vez por todas. E em silêncio, que é pra ninguém ter porque se lamentar. Essas pessoas não fazem falta, não preciso de ninguém que não queira ficar. (Tati Bernardi)

sábado, 23 de junho de 2012

Da Série: Filmes Inesquecíveis


Juntos pelo amor. Separados pelo medo. Redimidos pela esperança.
(do filme Desejo e Reparação)



Meio moça e meio fera. Que desembesta algumas vezes e noutras se contrai.
Dividida entre a vontade de se mostrar inteira e o instinto de se proteger, por precaução.
Se esconde por trás de sua força. Seus medos, suas dores, ninguém sabe, ninguém viu. Não conta, só sorri. Enquanto pode, sorri. Mas seus olhos não enganam quem a conhece.
É uma menina doce e de coração puro, dentro de uma mulher cheia de cicatrizes.



Gabi Roldão.

quinta-feira, 14 de junho de 2012


Bailarina tem que melhorar em tudo, sempre. Nossa paixão nos faz viver em busca da perfeição, é isso que nos move. (Ana Botafogo)


Da Série: Filmes Inesquecíveis.


Essa é a história do garoto que conhece a garota.
 Mas você deve saber, não é uma história de amor
. 

(do filme 500 Dias com Ela)


Não quero contar o que esta acontecendo. Não encare isso como um ato de ignorância, pois não sabes o quanto tenho caminhado nesse mesmo terreno, o quanto sei sobre essa terra em que piso. Não quero que olhe para os meus problemas, com os olhos de quem apenas vê, afinal, problemas só são problemas quando ultrapassam a visão, quando invadem e perturbam. Não quero palavras frouxas de um falso moralista, não quero tapinha no ombro. Não, não sabes como é. Morrerei com isso aninhado em meu peito, mas ainda assim não deixarei meus olhos fitarem o chão, para que não saibas minha dor. Mas se por um acaso, ou por um deslize, você queira saber como andam as coisas, te direi sem gaguejar o que queres ouvir, a resposta mais curta possível, primeiro para não tomar seu tempo e segundo para não ficar me sacrificando por tão pouco. Você não quer saber, eu também não.  São meus esses problemas, são minhas essas dores. Posso até fingir que não as conheço, mas de pouco adianta, elas reconhecem a dona. Elas até podem me aliviar por algum tempo, posso até me entreter com algo que não sejam minhas feridas por algum tempo... Mas quando a noite cai elas voltam, imundas e, na maioria das vezes, mais revoltadas, pra o albergue que sou.

— Buquê de dores, Ana.

E então você percebe que você passou tanto tempo nadando, tanto tempo navegando por esse mar tão inconstante, por essa maré indomável, que não consegue confiar em toda essa calmaria. Você nota que passou tanto tempo com os pulmões cheios de água, com a garganta seca e a pele enrugada, que parte de ti recusa-se a acreditar em sua própria existência. Você se pega imaginando se, depois de tanto afundar, é possível que agora você sinta estar voando. 

G.R.



Uma vez me falaram que amar é se jogar de um precipício sem saber se lá embaixo vai ter alguém para segurar a gente. Foi a melhor definição de amor que já ouvi.

— Clarissa Corrêa.

terça-feira, 12 de junho de 2012


 Olha só a ironia: fui buscar o amor e já tinha, fui tentar ser feliz e já era. Fui buscar me encontrar e acabei me perdendo. Que loucura! Eu tive que me perder pra notar que tudo o que eu precisava, eu já tinha. Foi tipo um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver. Tava tudo aqui, dentro de mim, e eu, boba, procurando lá fora.  



segunda-feira, 11 de junho de 2012


E aqueles olhos castanhos, se olhassem no fundo do meu coração - mesmo agora, depois de tanto tempo - conseguiriam ler o quanto eu o amava quando parti, e o quanto ainda amo.

(O Diário de Anne Frank)


domingo, 27 de maio de 2012

Da Série: Filmes Inesquecíveis


Você me salvou de todas as maneiras que alguém pode ser salvo.
(do filme Titanic)

Curto e Raro


O bem mais valioso de nossa época é o tempo. Obedecendo à lei da oferta e da procura, quanto mais escasso ele fica, mais caro nos é. A seca temporal é geral: eu não tenho tempo, você não tem tempo, o Eike Batista não tem tempo, o cara que está vendendo bala no farol, em agônica marcha atlética para recolher os saquinhos dos retrovisores antes que abra o sinal, também não tem.

Há quem diga que a culpa é da melhora das comunicações, e consequentemente, da maior agilidade no envio de dados. Com a informação viajando tão rápido, desaprendemos a arte da espera. Antigamente, aguardar era normal. Estávamos sempre esperando alguma coisa chegar. Uma carta, pelo correio. Um disco, do exterior. Uma foto, um texto ou um documento, via portador. Esses hiatos eram tidos como normais. Uma brecha saudável, uma pausa para o café, a prosa, o devaneio, a conversa na janela, a morte da bezerra. Hoje, não. Tá tudo aqui e, se não está, nos afligimos.

Enquanto não descobrimos a cura para este mal, a única saída é aprender a lidar com ele. Há que cercar com muros altos certas horas do relógio, para que nada as possa roubar de nós. Fazer diques de pedra em torno da hora de ficar com o nosso amor, da hora de trabalhar no projeto pessoal, da hora do esporte, de ler um livro, de encontrar um amigo. Mesmo assim, vira e mexe, vêm as obrigações, como um tsunami, e derrubam as barragens. E não há nada a fazer, senão reconstruir os muros, ainda mais fortes do que antes. 


(via antonioprata.folha.blog.uol.com.br)

sexta-feira, 25 de maio de 2012




Consideramos justa toda forma de amor.
(Lulu Santos)


Para ter lábios sedutores, diga palavras doces. Para ter olhos que encantem, deixe que eles só reflitam verdade. Para ter os cabelos bonitos, deixe que o vento despenteie. Para ter um sorriso atraente, deixe que ele venha quando verdadeiramente tiver de vir. Para ter boa postura, caminhe sempre de cabeça erguida. Para ter as mãos leves, estenda-as ao próximo sempre que puder. Para ter a consciência tranquila, siga sempre seu coração. 

Gabi Roldão.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Tenho segredos que só eu sei, já vivi histórias que ninguém imagina e tenho um orgulho absurdo de ser quem eu sou. Bato no peito mesmo, não é qualquer um que passa por tudo isso e continua de coração aberto, peito aberto e sorriso aberto. Pode vir o que vier, pode acontecer o que for, quem fecha o coração pra vida é fraco. Eu sou forte.

(Teca Florencio)

sexta-feira, 18 de maio de 2012



Depois, bem depois, vem o tempo e nos mostra a verdade como se fosse um passo de dança. Suave, intenso, inteiro. Ele vem e mostra. E aí a gente olha para trás e pergunta: porque não agi diferente? Porque você não tinha o conhecimento que tem hoje. Não tinha a maturidade deste momento. Não te culpa. Não me culpa. A gente não tem culpa.


(Gabito Nunes)



Florescerá



 Ela se perguntava todas as noites: o que foi que a vida fez de mim? Ela fechava os olhos e se lembrava do passado, e de como outrora havia sido feliz. Ela olhava pra dentro de si e não enxergava nada que lhe desse uma explicação pro que sentia. E então ela rezava. Pedia baixinho pra todos os anjos que lhe mostrassem o caminho, que lhe dessem um motivo suficientemente bom para sorrir na manhã seguinte, ao acordar. Fazia uma oração como quem dedilha um piano - sentindo cada palavra que seus lábios, quase que em forma de música, sussurravam debaixo do cobertor. Antes do último pedido e já com os olhos cheios d'água, respirava fundo e hesitava, num breve momento em que a razão e o coração se debatiam quase como Jorge de Capadócia e o furioso Dragão. Finalmente, a hesitação passava e o coração dava a palavra final. Então, a garota pedia. Pedia para que um de seus anjos da guarda voasse de pressinha para perto daquele rapaz, com o qual ela havia vivido os melhores momentos de sua vida e por quem ela guardava um amor e uma doçura sem igual. Ela sabia que já não significava nada pra ele, e acreditava até que ele não mais a reconheceria caso a visse por aí. Ou fingiria não reconhecer para não ter que lhe dizer "bom dia". Mas, mesmo assim, ela não queria que ele corresse perigo. Ela não queria que ele ficasse enfermo, fosse de corpo, de alma, ou de coração. Ela queria que ele sorrisse, que ele ficasse forte, que ele se desse bem na vida. Ela queria que ele pudesse amar alguém como ela o amou um dia. Ela queria que ele também encontrasse alguém que, de tão especial, lhe fizesse desejar tudo aquilo que ela desejava agora. E então a garota virou-se para o lado e caiu no sono. Ouviu uma voz de criança que dizia: tudo ao seu tempo, será lindo o que virá. E sentiu seu corpo flutuar por um breve momento, percebendo que amanhã seria um novo dia. E foi.

 Ao amanhecer, ela abriu as cortinas e fitou o sol que, ainda tímido, tomava o céu de luz. Uma luz inacreditavelmente sutil, que clareava todo o horizonte - desde a ponta do seu nariz até onde os seus olhos podiam alcançar. Abriu os braços e sentiu, sem pressa, a brisa que entrava pela fresta da janela. Era domingo. Decidiu que não faria nada além de cuidar de si naquele dia. Tomou um banho bem demorado, colocou sua roupa mais confortável e saiu pra caminhar na praia. Passou o dia ali, admirando a bela paisagem que Deus desenhara cuidadosamente para lhe agradar os olhos. Observou as crianças brincando na areia. Se divertiu ao ver a menina passeando com os cachorros - eram tantos que mal os conseguia conter. Sentou para ver os corajosos que aproveitavam as ondas e o vento para praticar kitesurf. Tirou da bolsa o seu Ipod e colocou a playlist do Coldplay pra tocar em alto e bom som. Era sua banda predileta e a garota cantava sem vergonha de quem estivesse ali para ouvi-la. Não se preocupava com quem estava à sua volta, só queria sentir-se mais próxima de si mesma.

 Depois do pôr-do-sol, começou a caminhar de volta para casa. Viu um casal de velhinhos sentados no banco da praça, de mãos dadas e se olhando com tamanha ternura, que pareciam querer voar a qualquer momento. Como que em compasso com o coração da garota, o Ipod resolveu tocar uma música que significava muito pra ela. Parece até que ele sabia de quem ela iria se lembrar. Inevitavelmente, olhando aquele casal e ouvindo àquela canção, a garota se lembrou daquele velho rapaz. O mesmo por quem ela havia orado na noite anterior. Inacreditavelmente, ela se sentiu bem. Viu-se feliz e agradecida por ter motivos para lembrar. Sorriu, então, e entendeu que a vida segue. Que o amor se transforma, mas fica, de um jeito ou de outro. Fica, porque o que que foi bom e bonito não deve ser esquecido. Deve se renovar a cada dia no nosso baú de memórias. Porque nenhum homem vive sem memórias, nenhum homem vive sem amar. E, naquele momento, a garota entendeu que ela não devia se sentir envergonhada por lembrar e por se emocionar com as lembranças. Sempre vai existir alguém especial. E ninguém jamais despertará em você um sentimento nem sequer parecido como o que esse alguém especial despertou. É coisa de alma, não dá pra explicar. É o tipo de coisa que a gente só sente, mas não entende. Finalmente, tendo concluído isso, a garota continuou a caminhada. O Ipod tocou uma nova canção. Agora, de sua segunda banda predileta: Oasis. A garota cantarolou pra si mesma, no ritmo da música: não tenha medo, você nunca mudará o que aconteceu e passou.. seu sorriso irá brilhar e seu destino te manterá aquecida.. pegue o que você precisa e siga o seu caminho.. faça seu coração parar de chorar..'

Chegou em casa e a noite já havia caído. Tomou outro banho e colocou seu pijama. Ao deitar-se, fechou os olhos e rezou mais uma vez. Agradeceu verdadeiramente por estar aonde estava, por sentir o que sentia e por ter chegado onde chegou. Se deu conta de que tudo em que havia se tornado era fruto das experiências que viveu - das boas e, principalmente, das ruins. E agradeceu por essas experiências também. Parou de se culpar por sentir tudo o que sentia sempre ao se lembrar, e percebeu que certas coisas ultrapassam nossa capacidade de entendimento. Por isso não devemos tentar muda-las. Não pediu aos anjos da guarda que fossem cuidar do rapaz. Agora, pedia para que cuidassem dela mesma. Se deu conta de que, à essa altura, alguém já deve estar pedindo proteção por ele em algum outro canto do mundo. Ela não precisava mais fazê-lo, não lhe cabia mais essa tarefa. Mas continuava desejando-lhe o bem, sempre. 


Gabi Roldão.




Aceitei que deveria levar dentro de mim o projétil que não havia como retirar, a bala que se alojou num ponto que impossibilitava a extração. Um médico me diria, se eu tivesse procurado um médico, que é preciso se acostumar com esse corpo estranho e levar uma vida normal, como se nunca tivesse sido atingida.

Martha Medeiros.

quinta-feira, 17 de maio de 2012



Uma expressão perpendicular de um desejo horizontal.
(George Bernard Shaw)



Chega de fingir, eu não tenho nada a esconder, agora é pra valer.
Haja o que houver, eu não tô nem ai pro que dizem!
Pode me abraçar sem medo, pode encostar tua mão na minha, meu amor.
Deixe o tempo se arrastar sem fim, não há mal nenhum gostar assim.'

(Jorge Vercillo)

Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bonito. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, voracidade e falta de ar! 

(Clarice Lispector)


Verbalizando


Mas muita coisa aconteceu e foi dita, qualquer minimo detalhe era pista. E cada pista me fazia enlouquecer mais um pouco. Agora não mais! Agora vivo tempos de paz. Faz tempo, mas só agora me senti a vontade pra dizer. Eu continuo assim, sempre as mesma lembranças. Mas não sou mais a mesma, mudei muito. Aprendi muito com a vida nos últimos tempos. Perdi gente importante, descobri novas vontades, aprendi a amar mais a mim mesma e, de certa forma, aprendi a amar outrem de maneira mais saudável. Eu tenho viso tanta gente de bem por ai, tenho me tornado tão mais humana, tão mais zen. Ainda lembro com detalhes de cada parte tua, ainda dou risada e me emociono quando lembro do que a gente viveu. Mas, sabe, eu descobri que dá pra amar alguém só na lembrança. Eu descobri que eu provavelmente nunca mais irei te ver ou te sentir ou te ouvir. Mas eu vou continuar amando seus olhos, seu toque e sua voz. Eu vou continuar amando sem que seja preciso qualquer esforço meu. Sem que seja preciso te ver e chorar, ou te ligar, ou querer voltar. Das várias coisas que eu aprendi, a mais importante foi essa. A gente não precisa deixar de amar os que já se foram pra ser feliz outra vez. A gente só precisa aprender a amar na lembrança, a amar sem precisar sentir dor ou falta. Esse papo de esquecer ou superar, não existe. A gente se acostuma, e se conforma, e se aceita num novo formato, e só. Daí a gente se liberta. E se apaixona de novo, e ama de novo, e chora de novo, e sente tudo de novo. E a medida que as coisas vão passando, a gente vai guardando tudo na memória. Algumas coisas irão te marcar mais, outras nem tanto. Mas você sempre vai se lembrar, e vai sentir outra vez. Não da mesma forma, é claro. Mas vai sentir. É inevitável. A gente só precisa aprender a canalizar os sentimentos, jogar fora o que não foi bom e guardar só o que foi, o que te fez feliz. A mágoa não compensa. Até porque, se você parar pra pensar, a mágoa só existe porque em algum momento você foi feliz. E, como tudo na vida, essa felicidade foi embora de uma forma ou de outra, te deixando magoado. Mas é preciso lembrar que ela não é a única. Outros sorrisos virão, outro brilho nos olhos. A vida é feita disso, de renovação. Um ciclo precisa terminar para que o outro se inicie. E, vai por mim, nenhum ciclo se encerra por acaso. 



Gabi Roldão.

Já ouviu falar em saudade?


quinta-feira, 26 de abril de 2012


Pode falar que eu nem ligo! Agora, amigo, eu tô em outra.
 Eu tô ficando velha e louca.
 Pode avisar que eu não vou! Eu tô na estrada, nunca sei da hora, nunca sei de nada.
 Pode falar que eu nem ligo! Agora eu sigo meu nariz.
 Respiro fundo e canto, mesmo que um tanto rouca.
 Pode falar, não me importa! O que eu tenho de torta, eu tenho de feliz.
 Eu vou cambaleando, de perna bamba e solta. 

Nem vem tirar meu riso frouxo com algum conselho, que hoje eu passei batom vermelho.
 Eu tenho tido a alegria como um dom, em cada canto eu vejo o lado bom.


(Mallu Magalhães - Velha e Louca)

quarta-feira, 25 de abril de 2012


É que eu gosto do teu jeito e gosto também de quando você perde ele totalmente. Gosto dos teus sorrisos tortos e dos seus olhares intensos. Gosto dos teus abraços, tão apertados, sufocantes e quentinhos. Eu gosto daquelas palavras bobas que saem da sua boca sem eu menos esperar. Das suas risadas silenciosas e das extremamente altas também. Gosto do seu cheiro. Do seu corpo quente junto ao meu. Das feições do seu rosto. De como o seu rosto fica ao longo de um sorriso lindo. Gosto da sua expressão quando ficas sério, olhando para o nada ou para mim. Do seu jeito de andar. Da sua voz suave em meu ouvido. Da sua voz rude quando está brigando com o cachorro, coitadinho, que nem faz nada para você. Quando você começa a brincar com ele, o seu jeito tão bobo, o modo como seu sorriso fica e como o seu riso sai agudo. Você pode nem imaginar, mas eu gosto quando fazes aquelas brincadeirinhas idiotas comigo. Gosto também quando começas a brincar de lutinha comigo, às vezes me deixando ganhar - mas quando perco, me beija e abraça. Gosto dos apelidos que colocas em mim, tão bobos e tão meiguinhos só por virem de você. Eu gosto tanto do seu sorriso mais lindo ser meu. Do seu olhar mais atencioso pertencer-me. Do seu toque ser meu. Dos seus olhos sempre estarem juntos do meu. Eu gosto tanto, gosto tanto de você, que tô com medo de que isso vire amor.

(via re-capitular.tumblr.br)

Vontades de Você


Vontade de te puxar pelo braço e dizer que te quero, que eu quero você três vezes por noite. Vontade de te beijar, nem que seja a força - mas te beijar pra que sinta tudo que passa aqui dentro. Vontade de deixar marcas em você. Vontade de jogar na tua cara que eu quero ser tua pelos menos cinco dias por semana - não tem problema, nos fins de semana te deixo livre pra outras pessoas. Vontade de jogar na tua cara o que as minhas palavras não dizem, mesmo sendo todas direcionadas à você. Vontade de saber se você entende tudo, ou só finge não prestar atenção.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Every time she closed her eyes...


A Paz Que Eu Procurava


E foi tão bom constatar que não me atinge mais. Não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono. Passa por mim, mas não me atravessa. Foi-se o tempo. E foi-se o tempo faz tempo. Agora vivo tempos de paz, bendita paz.

- Tati Bernardi

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Bem Simples


Um gostar simples, um gostar com cara de “gosto de você pelo o que você é”. Um olhar simples, um olhar com cara de “faz tempo que eu não ficava assim, bobo”. Um beijo simples, um beijo com cara de “não sei explicar o que está acontecendo”. Um sorriso simples, um sorriso com cara de “estou muito feliz e acho que isso já diz tudo”. Eu e você, quer mais simples que isso?