sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pra terminar o dia,


"Para 
estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro."
(Leonardo da Vinci)



" Eu quero estar amanhã ao seu lado quando você acordar.
Eu quero estar amanhã sossegado e continuar a te amar.
Eu quero um sonho realizado, uma criança com seu olhar.
Eu quero estar sempre ao seu lado, você me traz paz (...)
Certa vez na história, eu te entreguei minha alma."


(Uma Criança Com Seu Olhar - Charlie Brown Jr.)

Entre a cruz e a caldeirinha, aqui estou.



Às vezes você acorda e se pergunta: por que? Por que comigo? Por que agora? Na ausência de uma resposta plausível ou que ao menos lhe conforte, você se refugia, angustiada, em si mesma. Tenta encontrar respostas para aquilo que ninguém consegue explicar ou entender, respostas que talvez somente o destino detenha, e guarde com cautela para que sejam reveladas na hora certa.

Existem coisas na vida que a gente simplesmente não entende, e o não entendimento nos revolta, às vezes. Frustra. Machuca como um punhal que atravessa o peito e te faz sangrar mas que, ao mesmo tempo, te mantém vivo. Te mantém acordado e não te dá alternativas, provando a todo momento que você sangra porque está vivo e precisa sangrar para viver. Sangra e precisa se reerguer. Precisa aprender a se reerguer, haja o que houver. Mas como? Como sobreviver àquilo que nem mesmo você, que sente, consegue entender? À algo sobre o qual você não tem poder?

Uma vez um poeta disse, em alto e bom som: "Imagine uma nova história para a sua vida. Agora, acredite nela e vá em frente!". Como assim, vá em frente? E que papo é esse de nova história? Quem foi que disse que eu quero uma nova história para mim? Uma história diferente daquela que, por vezes, eu planejei redigir no livro de minha vida? É cruel e dolorido o fim inacabado de uma história. Sim, fim inacabado. E é cruel exatamente porque não chegou ao fim, não ao fim que você planejou para si, para a sua história. 

Poxa, dói acreditar em uma história, depositar toda a sua esperança nela e vê-la se esvair no tempo. É inaceitável que tudo aquilo em que você apostou possa se acabar por uma inconstância do destino.  Como decidir entre quem você ama e o que é melhor para você? Como abrir mão do que te faz feliz para deixar quem você ama feliz? Até quando vale a pena suportar a distância, o medo, as tentações, em prol do amor? Se há reciprocidade, por que não o sacrifício?

Às vezes, o pouco que te alegra é muito pouco para alegrar o outro. Às vezes, os riscos que você está disposto a correr por alguém não são os mesmos que esse alguém se dispõe a correr por você. Talvez uma pessoa signifique, para você, a vida. E você é apenas um capítulo na dela. Como entender e digerir tudo isso? Como tomar uma decisão diante de uma barreira dita intransponível? 

Sabe, não há resposta que me convença agora. Nenhum livro, receita ou mandinga que me faça enxergar a melhor solução. Talvez eu devesse deixar a vida passar, e ficar da janela assistindo. Esperando o momento em que a atriz coadjuvante se transforme em personagem principal. Mas e então? E se o autor dessa história imagina uma protagonista magoada no fim das contas? E se ele opta por dar a ela a prova de que o amor verdadeiro vence qualquer barreira? E se? 

A verdade é que o 'se' é vago e não dá certeza a futuro algum. Então talvez o melhor seja abrir o caminho, sair da história alheia e permitir que o outro seja feliz, com ou sem você. Vai ver a felicidade de quem você mais ama não é exatamente estar ao seu lado, e você precisa aceitar isso. Você não tem o direito de privar o mocinho do final feliz. Você não pode se tornar o carma, um peso a se carregar por obrigação, ou por solidariedade. Você não quer ser um vilão na história de amor que o mocinho planejou para ele. E olha, talvez você não faça parte dessa história mais. Talvez o bom e velho destino, autor de nossa jornada, não tenha reservado a vocês dois uma vida juntos. Ou talvez ele esteja somente os colocando a prova, os obrigando a conhecer a força do amor que os une. Vai saber...

Mas não se frustre, não machuque a si próprio na tentativa de entender o destino. Na realidade, o grande autor da sua história é ele. Você talvez escreva alguns capítulos, talvez mude o elenco em algum momento, talvez contrarie o grande autor. Mas no fim das contas, ele vence. O destino vence, porque por trás dele está aquele que é o único a conhecer os segredos de nossa história. Não é atoa que se diz: o futuro, à Deus pertence!


Gabi Roldão.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Wanting to start again,



Filhos de Áries


São meus ídolos eternos. Certamente porque foram geniais, e talvez mais ainda pelo fato de termos algo em comum:

 
"Instinto, primazia e iniciativa são palavras-chave a todo ariano. A pessoa nascida com o Sol em Áries tende a passar do pensamento à ação de forma imediata. De espírito empreendedor, tende a ser autoritário, a assumir 'a cabeça das situações'. Sem mesmo se dar conta, o ariano já se faz líder(...) Se quiser castigar a um Ariano diga-lhe que não pode fazer nada. Sem ação, o ariano se torna impaciente, frustrado e aborrecido. Costumam ter uma mente bastante aberta e de poucos preconceitos. São honestos e espontâneos em suas emoções."
 


(Cazuza)

"Sou ariano. E ariano não pede licença, entra, arromba a porta. Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar! Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra.
 Por mais que se perca no caminho."

(Ayrton Senna)

"Eu sou feliz! Serei plenamente feliz, talvez, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda tenho muita vida pela frente.
Sou ariano, não desisto assim tão fácil."

(Renato Russo)

" Tire suas mãos de mim, eu não pertenço a você. Não é me dominando assim que você vai me entender. Eu posso estar sozinho, mas eu sei muito bem aonde vou - Renato não negava o signo que tinha, olha só! Quem, além de um ariano, poderia escrever com tanta imponência?
 Era de áries, não tem jeito. Quem conviveu com ele sabe bem o que estou dizendo."



Ai de ti, Copacabana.

Um telefonema apenas cordial, a que atendo com naturalidade - mas por que, depois, esse indefinível tremor íntimo, essa remota noção de que representei uma cena sob o efeito do hipnotismo, esse indizível susto? Sou um homem tranqüilo, e minha vida está tranqüila, mas ouço essa voz, esse nome, e pronto! - começo a agir como se eu trabalhasse em um filme a que eu mesmo estivesse assistindo. Represento meu papel de maneira normal e faço o papel de um homem normal; mas há um outro eu invisível que é aqualouco, patinador sobre o arco-íris, menino tonto, Hamlet, palerma, patético. Enquanto eu digo uma coisa sensata esse meu fantasma se entrega a um silencioso desvario, ou recita versos antigos, voa como anjo, soluça. Posso contemplá-lo com frieza, criticá-lo, ter pena dele; evito que ele influa no mais mínimo em minha conduta real; quando ele tem um impulso de falar ao telefone eu me ponho tranqüilamente a descascar laranjas ou fazer ponta em um lápis; e sem minhas mãos, sem meu corpo, ele não pode fazer nada. Resolvo ignorá-lo e chego a esquecê-lo durante semanas; mas quando surge a Presença ele salta ao meu lado, sob uma luz sobrenatural, absurdo e infantil. Não estou apaixonado; meu comércio sentimental com as outras criaturas corre normal, com suas alegrias e tristezas. Não estou apaixonado, mas posso ver a face da paixão. E por um instante fico parado, mudo, como quem ouvisse, no fundo da noite, o sussurro das estrelas e reconhecesse. (A Presença, por Rubem Braga)

Coloca no lugar,



"Coloque, por favor, o meu café pra esquentar. Coloque uma lua lá fora, coloque um batom. Coloque um coração pra funcionar, uma rosa na ponta da arma, brisa boa no olhar. Do nosso livro louco, coloque a verdade, e das conversas boas, coloque saudade. A minha tatuagem na sua. E na tristeza boba coloque vontade pra caminhar ao sol, pintar a paisagem. Vamos soltar sorrisos na rua. Coloque a minha vida na sua. Pois é que hoje eu vou reservar no meu coração o teu lugar e, quando resolver chegar, me traga um sonho bom." (Dudu Tarcísio)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fashion Week Around the World

O ano começando e os desfiles de moda super em alta! Todo ano é assim, chega Janeiro e os olhos do mundo se voltam para as semanas de moda nos maiores centros fashion do planeta. São Paulo, Rio de Janeiro, Milão, Paris e Nova York: o mundo inteiro quer saber o que os maiores estilistas do momento reservam para o ano que começa, seja na coleção Outono-Inverno ou na alta costura Primavera-Verão de Paris.   

Hoje em dia, moda é um assunto global. De todas as classes, de todos os credos, de todos os sexos. E, falando de um assunto tão cotidiano, nada melhor do que analisar o que está em alta! Os grandes estilistas estão ditando o que será tendência neste ano que começa e, com uma ajudinha do GNT Fashion, aqui vão algumas dicas pra você que quer ficar por dentro!

O sobe e desce das tendências em 2011:
SUBINDO!
* tons de azul e coral, tanto nas roupas quanto no make e nos sapatos
* sandálias anabela, sapatos estilo Oxford e rasteiras com amarrações
* saias longas, calça pantalona e vestidos curtérrimos
* tecidos florais, seja na roupa ou no sapato
* bolsas compactas, super práticas e fáceis de carregar
* cabelos mais curtos, com tons naturais e bem volumosos
* óculos tipo gatinho ou bem redondos, com um ar meio pin-up

DESCENDO!
* tons nude, com excessão do cáqui e do areia combinados com cores mais intensas
* gladiadoras e botas no estilo peep-toe
* microssaias e calças curtas e muito justas
* estampas fotográficas
* maxibolsas
* cabelos super longos ou com mechas californianas
* óculos aviator, que cai um pouco mas não deixa de ser clássico


Quanto á maquiagem, meninas, fiquem atentas! As cores fortes saem da boca e vão para os olhos, marcando bem o olhar! A tendência são olhos bem delineados, o côncavo super marcado e sombras corais e neon. O pretinho básico, é claro, continua in. Mas cuidado pra não misturar demais! Use com cautela e, quando optar pelos tons neon, prefira um bom rímel e um lápis somente esfumaçando os cílios a um deliniador puxando o olho de gato. Assim o make não fica tão pesado ;)









Ah! Como não poderiam faltar, as unhas aparecem em tons mais discretos, variando entre o clássico nude e os tons cacau, cinza e rosê. No mais, é só você se lembrar de que as tendências existem para te ajudar a guiar-se no mundo da moda, mas cada um tem seu estilo e não deve se perder em meio a tantas ofertas e novidades. O bacana é adaptar o que está em alta ao seu estilo próprio e não se esquecer de que o que vale sempre e estar de bem consigo mesmo!  

Gabi Roldão.

Told you I was trouble,


Londrina, branca, judia, jovem e insegura, seu humor se explicita no tamanho do penteado. Com 28 anos é cantora e compositora, defende o R&B e o soul. Sem mais delongas, uma (com o perdão da palavra) porra loca simplesmente extraordinária. Quem? Eu digo. Amy Jade Winehouse, a mais recente revelação da música européia que se tornou fenômeno mundial, e com razão.

Passando pela sala, vi minha mãe assistindo ao DVD dessa potência musical que é Amy. Pensei logo: por que não? Afinal, estamos falando de alguém que além de fantástica em suas composições, tem uma voz inacreditavelmente classuda e inconfundível. Quem a ouve sem nunca tê-la visto, imagina uma negra daquelas para as quais parece natural um vozeirão de arrasar. Quem a vê, inevitavelmente lembra da inesquecível Janis Joplin, branca e dos olhos claros, que parece ter sido abençoada pela voz que tem. Fato é que Winehouse tem um talento inquestionável, que parece ter nascido com ela. Um verdadeiro dom, para poucos.

Segundo a própria cantora, suas composições partem de algo que nem ela mesma entende, mas são reflexos do que ela vive em seu cotidiano, seus relacionamentos e suas aflições. Ela diz que o problema com a bebida, muito questionado mundo a fora, começou com o fim de um namoro que a deixou extremamente deprimida mas que, pelo menos, serviu para que escrevesse uma boa música, Rehab. Seu pai, Mitchell Winehouse, declarou que a situação é bem curiosa, já que hoje o mesmo namorado que a fez afundar é com quem ela se casou e por quem ela resolveu se tratar. Graças à Deus, eu diria. Não poderíamos perder alguém com tanto talento, ainda mais nos dias de hoje!

O tal namorado (que agora já é marido), Blake Fielder-Civil, já chegou a declarar ao jornal News Of The World que se sente culpado pelos vícios da cantora. Não só por tê-la feito sofrer e se afundar na bebida, mas por ter apresentado à ela outras drogas ainda mais perigosas. Felizmente eles parecem ter se tratado. Amy está voltando a fazer shows, inclusive já veio ao Brasil este ano e cantou até o ultimo minuto. Perdeu o fôlego em algumas notas, mas chegou ao fim do show regada à água  e nada mais.

Torço por ela, de verdade! Há muito tempo não se via alguém cantar o que ela canta com tanta sutileza e classe. É o tipo de artista que surge do nada, que simplesmente nasce, acontece. E isso não é algo que seja comum por ai, é uma raridade, eu diria. Espero que ela se recupere e por muitos e muitos anos continue a nos prestigiar com sua arte, seu dom. Levanto essa bandeira aqui, agora. FORÇA, AMY! Tenho certeza que iremos ouvir muito ainda sobre essa artista fantástica que Deus nos deu. Coisas boas, eu espero! Para finalizar, uma música que eu adoro! Meio melancólica, é verdade... mas linda e única, como só a Amy sabe fazer!


Love Is A Loosing Game - Amy Winehouse:  http://www.youtube.com/watch?v=nMO5Ko_77Hk


Gabi Roldão.

A começar pela mudança,

Mudei e, de fato, estou mudada. Me formei no último ano e, muito mais do que simplesmente encarar a vida adulta, tive que encarar mudanças radicais em minha vida. Estudei durante 11 anos em um mesmo colégio, convivi por todo esse tempo com praticamente as mesmas pessoas e me apeguei à rotina que eu vivia ali. Vi todos ao meu redor crescendo, mudando, se tornando gente grande. E passei pelas mesmas mudanças, também cresci e também deixei de ser criança. Conheci todos os funcionários, sabia o nome de quase todos de cor. Me tornei amiga de alguns. Conheci pessoas incríveis e outras nem tão incríveis assim. Passei por momentos únicos e os guardo na memória como uma fotografia, que congela o momento e o mantém sempre presente.

Aí, veio o último ano... Aquele em que você precisa escolher uma profissão a seguir, em que se sente decidindo o seu futuro e abrindo mão de tudo o que te cerca para viver a sua vida, para fazer as suas escolhas, para seguir o seu caminho. E não há ninguém no mundo que possa fazê-lo por você. Então você escolhe e encara, precisa encarar! No meu caso, Biomedicina. Daí você estuda, se dedica o quanto pode e é testado. Enfrenta uma verdadeira prova de resistência, que além de testar seus conhecimentos irá testar o que você é, suas emoções. Para alguns, mamão com açúcar. Para outros, nem tanto! Isso tudo faz parte, inevitavelmente um dia passamos por isso. É o curso natural da vida. A partir de então, você segue sua carreira e se torna, de fato, gente grande!

Mas, no meu caso, o vestibular não foi o único desafio! Me mudei de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa! Sem conhecer absolutamente ninguém e enfrentando o maior de todos os obstáculos nisso tudo: a distância. 
Não estava nada satisfeita no início, mas estou me acostumando com a ideia. Com o tempo eu acabei descobrindo que, mesmo que a saudade aperte, isso não é lá um bicho de 7 cabeças. Daqui pra BH são 40 minutos de avião e até que viver numa ponte aérea não é tão ruim assim. Pois bem, me conformei. 

De agora em diante, é me focar nos estudos e aprender a lidar com a saudade que, às vezes, sufoca e muito. No mais, acho que estou feliz! Estou encarando isso tudo como uma experiência e, se não der certo, eu volto e começo tudo outra vez! Quanto aos que deixei para trás, o que for verdade vai sobreviver e, o que não for, vai servir de lição.



Como dizia o eterno rei Cazuza: o tempo, meus queridos, NÃO PARA!
Gabi Roldão.

Recomeçar,



É, 4 meses e cinco dias após a última postagem, aqui estou! Confesso que já tinha desistido do blog, por falta de tempo ou de paciência mesmo. Mas fato é que, de alguma forma, eu sentia falta disso aqui! Escrever é bom quando a gente não tem o que fazer, só para passar o tempo. Mas é melhor ainda quando você tem algo a dizer, quando você tem vontade de dividir com as pessoas o que você sente, falar das coisas que você gosta, refletir sobre a vida. Escrever é como uma válvula de escape, é uma forma de traduzir tudo aquilo que diariamente invade nossos pensamentos e nos faz, de um jeito ou de outro, sobreviver. Nenhuma mente é sã quando se ocupa de vazio. Estamos o tempo todo em movimento e, graças à Deus, nossa mente está sempre ocupada com algo. Enfim, estou de volta e pretendo continuar escrevendo sempre que puder! 


Gabi Roldão.