sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A começar pela mudança,

Mudei e, de fato, estou mudada. Me formei no último ano e, muito mais do que simplesmente encarar a vida adulta, tive que encarar mudanças radicais em minha vida. Estudei durante 11 anos em um mesmo colégio, convivi por todo esse tempo com praticamente as mesmas pessoas e me apeguei à rotina que eu vivia ali. Vi todos ao meu redor crescendo, mudando, se tornando gente grande. E passei pelas mesmas mudanças, também cresci e também deixei de ser criança. Conheci todos os funcionários, sabia o nome de quase todos de cor. Me tornei amiga de alguns. Conheci pessoas incríveis e outras nem tão incríveis assim. Passei por momentos únicos e os guardo na memória como uma fotografia, que congela o momento e o mantém sempre presente.

Aí, veio o último ano... Aquele em que você precisa escolher uma profissão a seguir, em que se sente decidindo o seu futuro e abrindo mão de tudo o que te cerca para viver a sua vida, para fazer as suas escolhas, para seguir o seu caminho. E não há ninguém no mundo que possa fazê-lo por você. Então você escolhe e encara, precisa encarar! No meu caso, Biomedicina. Daí você estuda, se dedica o quanto pode e é testado. Enfrenta uma verdadeira prova de resistência, que além de testar seus conhecimentos irá testar o que você é, suas emoções. Para alguns, mamão com açúcar. Para outros, nem tanto! Isso tudo faz parte, inevitavelmente um dia passamos por isso. É o curso natural da vida. A partir de então, você segue sua carreira e se torna, de fato, gente grande!

Mas, no meu caso, o vestibular não foi o único desafio! Me mudei de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa! Sem conhecer absolutamente ninguém e enfrentando o maior de todos os obstáculos nisso tudo: a distância. 
Não estava nada satisfeita no início, mas estou me acostumando com a ideia. Com o tempo eu acabei descobrindo que, mesmo que a saudade aperte, isso não é lá um bicho de 7 cabeças. Daqui pra BH são 40 minutos de avião e até que viver numa ponte aérea não é tão ruim assim. Pois bem, me conformei. 

De agora em diante, é me focar nos estudos e aprender a lidar com a saudade que, às vezes, sufoca e muito. No mais, acho que estou feliz! Estou encarando isso tudo como uma experiência e, se não der certo, eu volto e começo tudo outra vez! Quanto aos que deixei para trás, o que for verdade vai sobreviver e, o que não for, vai servir de lição.



Como dizia o eterno rei Cazuza: o tempo, meus queridos, NÃO PARA!
Gabi Roldão.

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